
A ACP realizou, na semana passada, o lançamento dos livros produzidos pelos escritores solos participantes da Oficina Poetizar é Preciso do Coletivo Cultural da ACP. O encontro marcou um momento histórico para o grupo e reafirmou a competência, a força e a seriedade com que o sindicato valoriza a cultura. No centro dessa conquista está o professor Ádemir Barbosa dos Santos, do Coletivo Cultural e figura essencial para a construção desse movimento que cresce com firmeza e sensibilidade.
Ádemir tem sido o grande articulador desse processo e, com dedicação constante, ajuda educadores a transformar experiências pessoais em expressão artística. Sua visão enxerga a poesia e a escrita como caminhos de liberdade e alívio emocional. Para ele, escrever é abrir espaço para o que muitas vezes não encontra voz no cotidiano. “A satisfação é muito grande, porque escrever é libertar a alma”, afirma. Ele observa que muitos educadores vivem rotinas intensas, marcadas por ansiedade e pressões, e que nesse cenário a poesia surge como terapia e refúgio, criando possibilidades de cura e fortalecimento. “A sociedade se encontra em um momento de muita ansiedade e depressão. A poesia funciona como terapia. É como se você estivesse escrevendo e fazendo terapia ao mesmo tempo.”
A compreensão de Ádemir sobre a poesia também toca a dimensão política, sempre presente na vida sindical. Ele lembra que o imaginário popular costuma associar poesia à delicadeza, mas reforça que ela também é firme, incisiva e carregada de força. “As pessoas imaginam que poesia é algo dócil, meigo e gentil. E é, mas não é só isso. A poesia também é protesto.” Essa percepção se materializou no curso promovido pela ACP, que incentivou educadores a criar seus próprios livros, fortalecendo a escrita que dialoga com a realidade, que reivindica, provoca reflexão e dá voz à categoria.
Sob sua condução, o Coletivo Cultural se tornou um ambiente acolhedor, onde a escrita se transforma em diálogo e aproximação humana. Ádemir defende que o sindicato também é espaço de construção de afetos e convivência. “O sindicato não é só protestar porque às vezes o diálogo é melhor que o protesto. E a poesia é muito diálogo”, explica. Para ele, a leveza, o carinho e o cuidado abrem caminhos eficientes dentro da luta sindical. Quando a firmeza precisa vir à tona, ela aparece, mas a poesia oferece um primeiro plano de escuta e sensibilidade. “No carinho, no amor e na leveza você consegue muito. Quando não dá, aí sim se vai para o embate.”
O evento simbolizou a concretização de anos de trabalho conduzidos com seriedade. Ver os educadores subirem ao palco com seus livros foi a prova viva de que o Coletivo vem transformando vidas. A trajetória também impressiona pelos números. “Nós lançamos ano passado sete escritores. Hoje estamos lançando individual dezessete. São vinte e cinco”, comemora Ádemir. Entre as histórias que surgem desse processo está a da aposentada Carmen, que jamais imaginou se tornar escritora. “Ela nem pensava em ser poetista e hoje está lançando o livro”, relata com orgulho.
Sempre olhando adiante, Ádemir planeja ampliar as possibilidades do Coletivo. Para 2026, a proposta é lançar uma coletânea com textos de educadores aposentados, fortalecendo ainda mais o acesso às oficinas literárias. A ideia de um prêmio literário da ACP também empolga o diretor, que recebeu a sugestão com entusiasmo. “Não pensei sobre isso ainda, mas é uma boa pergunta. Quem sabe, né?”
A atuação do professor Ádemir reafirma o compromisso da ACP com a valorização da cultura. Seu trabalho demonstra que a escrita, incentivada com força, competência e seriedade, é capaz de transformar vidas e fortalecer toda a categoria. A semana passada celebrará por muito tempo esse avanço coletivo que nasce do talento dos educadores e da condução firme de um líder que acredita no poder da palavra.
Assessoria de Imprensa ACP/ Marithê do Céu e Amandah Oliveira

















