Oficina de Poesia da ACP transforma sensibilidades e inspira educadores a escreverem suas próprias histórias

A sede da ACP se encheu de versos, emoção e partilha em mais uma edição da Oficina de Poesia, atividade que chega ao seu terceiro ano com uma trajetória marcada pela sensibilidade e pela força criadora da palavra. Coordenada pelo professor Ádemir Barbosa, a oficina tem se consolidado como um dos projetos mais inspiradores do Sindicato, unindo educadores da Rede Pública em torno da escrita como ferramenta de expressão, reflexão e transformação.

Para o professor Ádemir, a poesia tem um papel essencial na formação humana e pedagógica dos profissionais da educação. “A poesia tem a função de educar, de aliviar dores e tensões. Muitos poetizandos do nosso grupo se curam de depressões por meio da escrita criativa, da poesia e até da prosa. Ela tem contribuído muito com os profissionais da educação”, afirmou.

Segundo ele, o exercício poético é também um exercício de leitura e interpretação do mundo. “Quando você produz uma poesia, é necessário ler bastante, compreender o texto e, mais do que isso, interpretá-lo. A poesia traz uma semântica dupla — o que está nas linhas e o que está nas entrelinhas. Ela nos dá liberdade de expressão e nos convida à pesquisa, à descoberta do porquê dessa liberdade. E é essa liberdade que tem ajudado tanto os educadores a se reconectarem com o prazer da leitura e da escrita”, completou.

A professora Raquel de Fábio, com 25 anos de carreira, é uma das participantes da oficina e destaca o poder da poesia como ferramenta pedagógica e emocional. “A poesia é importante porque nos faz observar melhor as coisas, olhar o mundo com mais delicadeza. Não é um texto que se lê uma vez e se entende — é algo que revisitamos, que nos convida a pensar e sentir de novo. Isso é fundamental na escola, pois motiva os alunos a criarem suas próprias poesias, mostrando que é possível se expressar de forma criativa”, afirmou.

Raquel também enfatiza o papel multiplicador dos encontros. “Os professores que participam aqui na ACP podem levar essa vivência para a sala de aula, despertando nos estudantes o encantamento com o texto poético. Hoje, por exemplo, trabalhamos com a obra de Manoel de Barros, um poeta que, além de representar nosso Estado, tem uma linguagem universal. É lindo desvendar seus textos e perceber o quanto a poesia pode ser divertida e transformadora”, completou.

A professora Sueleid Benevides, que ministrou a última oficina, ressaltou os frutos dessa caminhada e o impacto da poesia na vida dos participantes. “Estamos no terceiro ano da Oficina Poética e, nesse tempo, vimos um monte de técnicas sendo desenvolvidas e talentos despontando. Professoras e professores publicaram seus primeiros livros e realizaram sonhos há muito tempo adormecidos. Na oficina, presenciamos evoluções benéficas em pessoas com diagnósticos médicos não favoráveis, mas que melhoraram muito com a escrita e a frequência nas atividades do Sindicato”, destacou.

Mais do que um espaço de formação, a Oficina de Poesia da ACP tem se mostrado um território de afeto, escuta e reencontro com o prazer de criar. Um projeto que reafirma o compromisso do Sindicato com a valorização dos educadores em todas as suas dimensões — intelectual, emocional e humana.

Comunicação ACP

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