
ACP esteve presente na reunião com o ministro Camilo Santana, em defesa do piso dos administrativos, valorização dos educadores e aprovação do novo PNE em 2025
Em agenda realizada na última segunda-feira (30), em Campo Grande, a FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) entregou ao ministro da Educação, Camilo Santana, um documento com propostas consideradas prioritárias para a valorização dos profissionais da educação e para a construção do novo Plano Nacional de Educação (PNE). A ACP esteve presente no encontro, representada por seu presidente e diretor de Formação Sindical da FETEMS, professor Gilvano Bronzoni.
A presidenta da FETEMS, professora Deumeires Morais, destacou a importância do momento como espaço de escuta e articulação com o governo federal. “Aproveitamos a presença do ministro para protocolar propostas que refletem as demandas concretas da nossa base e da escola pública. É fundamental que o novo PNE seja construído a partir da escuta das educadoras e educadores”, afirmou. Além da presidenta da FETEMS e do presidente da ACP, participou da reunião o diretor de Finanças da FETEMS, professor Jaime Teixeira.
Valorização dos administrativos da educação
Uma das pautas centrais apresentadas ao ministro foi a defesa da criação do Piso Salarial Nacional para os profissionais administrativos da educação, uma luta histórica da categoria. A FETEMS reforçou a importância de o Ministério da Educação assumir a articulação política para que a pauta avance no Congresso Nacional.
“Esses profissionais são essenciais para o funcionamento das escolas e ainda não têm o reconhecimento necessário. A valorização começa pelo direito ao piso nacional, com carreira e condições de trabalho dignas”, pontuou Deumeires.
Aprovação do novo PNE ainda em 2025
Outro ponto importante levado ao ministro foi a necessidade de aprovação do novo Plano Nacional de Educação ainda em 2025, garantindo coerência entre os planos estaduais, municipais e nacional. A proposta busca assegurar que as metas educacionais tenham continuidade e respaldo institucional.
Dentre as emendas defendidas, com base no caderno da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), estão:
Garantia de 90% de professores efetivos nas redes públicas de ensino;
Inclusão da educação inclusiva como diretriz estruturante;
Defesa da educação ambiental como parte essencial do currículo;
Implementação da gestão democrática nas escolas;
Ampliação do financiamento da educação pública, com cumprimento dos 10% do PIB;
Valorização das carreiras dos profissionais da educação;
Formação inicial e continuada com financiamento público;
Realização de concursos públicos para garantir quadro efetivo;
Cumprimento do Piso Nacional do Magistério, com correção anual e respeito à lei.
Compromisso com a valorização dos educadores
Além das pautas específicas do PNE, o movimento sindical reforçou a necessidade de políticas de valorização dos professores e professoras, com foco em carreira, formação, condições de trabalho e aposentadoria digna. Para o presidente da ACP, professor Gilvano Bronzoni, o momento é de mobilização e unidade.
“O que levamos ao ministro representa o que ouvimos nas escolas todos os dias: a urgência de garantir valorização, respeito e investimento na educação pública. Lutamos por um plano nacional que seja construído de baixo para cima, com a participação dos trabalhadores e que responda aos desafios reais enfrentados nas redes de ensino”, afirmou Gilvano.
Apoio parlamentar
O ministro Camilo Santana se mostrou receptivo às propostas e reconheceu que muitas das pautas estão em consonância com o trabalho já em curso no Ministério da Educação. Parlamentares presentes também manifestaram apoio às reivindicações. Estiveram no encontro os deputados federais Vander Loubet e Camila Jara, e os estaduais Pedro Kemp e Gleice Jane, que se comprometeram com a defesa do novo PNE e das pautas da categoria.

