ACP realiza palestra sobre Pedagogia das Encruzilhadas e currículo decolonial em atividade voltada à formação crítica da categoria

Na noite desta segunda-feira, 17 de novembro, a ACP realizou, em sua sede, a atividade formativa “Pedagogia das Encruzilhadas: Epistemologias para um Currículo Decolonial e Antirracista”, em um encontro dedicado à reflexão e ao fortalecimento de práticas pedagógicas comprometidas com a justiça racial e a transformação social.

A atividade contou com palestrantes convidados, referências na discussão sobre currículo, decolonialidade e saberes insurgentes: Me. Ryan Paes (PROFARTES/UFMS) e Prof. Dr. Maurício Macedo Vieira (AEE/UEMS). Suas contribuições aprofundaram o debate e ampliaram a compreensão sobre a urgência de práticas pedagógicas que rompam com modelos eurocentrados e reconheçam a potência das epistemologias negras na formação escolar.

Durante o encontro, os palestrantes destacaram também a importância de que o Sindicato assuma o protagonismo na promoção dessas discussões. Para o professor Ryan Paes, a ACP cumpre um papel indispensável ao criar espaços de estudo e escuta qualificada sobre as relações étnico-raciais. “Quando o sindicato abre suas portas para esse diálogo, ele reafirma que a luta antirracista. É uma forma de garantir que as educadoras e os educadores tenham suporte teórico e político para transformar suas práticas e enfrentar o racismo que atravessa a escola e a sociedade”, afirmou.

O professor Maurício Macedo Vieira reforçou que ações como esta ampliam o compromisso da categoria com uma educação pública que promova equidade. “A ACP demonstra responsabilidade ao fomentar debates decoloniais e antirracistas. Essas formações são essenciais para que o currículo deixe de reproduzir silenciamentos e passe a reconhecer as identidades, as histórias e as contribuições do povo negro. Isso eleva a qualidade da educação e fortalece o papel social da escola”, destacou.

O encontro também aprofundou discussões sobre as epistemologias insurgentes que emergem das trajetórias negras e que apontam caminhos para repensar o currículo, a didática e os vínculos formativos dentro da sala de aula. As reflexões evidenciaram que transformar o currículo não é apenas substituir conteúdos, mas reconstruir modos de ensinar, aprender e produzir conhecimento em uma perspectiva de justiça e pertencimento.

A formação integra a programação da ACP voltada à valorização profissional, ao fortalecimento de políticas públicas inclusivas e ao enfrentamento das desigualdades raciais. Ao promover espaços de estudo, diálogo e aprofundamento teórico, o Sindicato reafirma seu compromisso com uma educação pública que constrói pontes, reconhece diversidades e atua na desconstrução dos muros erguidos pelo racismo.

Assessoria de Imprensa/ Marithê do Céu

Fotos Comunicação ACP/ Marithê do Céu