Nesta sexta-feira (5), a Câmara Municipal de Campo Grande foi palco do lançamento da campanha “Valorize a Escola Pública. Respeito Já”, promovida pela ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública). A ação integra a luta em defesa da escola pública como espaço de democracia, inclusão social e direito fundamental de cada cidadão.
O lançamento ocorreu durante a Audiência Pública – Valorização da Escola Pública, convocada para debater os desafios enfrentados pela educação pública municipal e estadual, além de reunir propostas para o fortalecimento de políticas que garantam qualidade, equidade e respeito aos profissionais da educação.
Durante a audiência, o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, destacou o cenário de ataques à escola pública e a tentativa de deslegitimar o trabalho docente.
“Estamos aqui lançando nossa campanha ‘Valorize a Educação Pública. Respeito Já’ para reafirmar que estamos mais vigilantes e atentos do que nunca, e não vamos permitir que a terceirização e a precarização adentrem a educação pública”, afirmou.
Gilvano também ressaltou o avanço da atuação sindical na Casa Legislativa.
“Nunca tivemos força tão grande na Câmara Municipal. Temos um caminho aberto, um espaço de diálogo com a presidência e com a grande maioria dos vereadores. A Câmara tem papel fundamental, central e de grande responsabilidade no encaminhamento das legislações, para que possamos sair do senso comum e construir uma escola pública de qualidade”, completou.
O propositor da audiência, vereador Professor Juari, reforçou a importância da valorização da educação como projeto de sociedade:
“A educação pública é o maior patrimônio de um povo, pois dela nasce a oportunidade de transformação social, mobilidade e dignidade. Valorizá-la é valorizar quem a constrói todos os dias — professores, professoras e profissionais administrativos, sem os quais a escola não funciona”, disse.
Ele também alertou sobre os riscos de retrocessos:
“Não é possível aceitar a precarização da escola pública. Uma educação sucateada só reproduz desigualdade e ódio. Educação não é gasto, é investimento — no presente e, principalmente, no futuro”.
A vereadora Luiza Ribeiro elogiou a representatividade da audiência e a articulação entre diferentes níveis de governo e da sociedade civil:
“A campanha representa a luta pela dignidade humana, pelo direito ao saber e ao acesso igualitário. Visitei 106 Emeis e vi, de perto, o valor da escola pública que garante o acesso à educação para mais de 115 mil crianças em Campo Grande”, afirmou.
Já a presidenta da FETEMS, Deumeires Morais, lamentou a ausência expressiva de vereadores no plenário durante a audiência, chamando atenção para a importância do debate com a categoria:
“É importante que todas essas cadeiras estivessem preenchidas pelos vereadores desta Casa. Quando a gente vem aqui debater nossas pautas, eles precisam estar presentes, precisam ouvir o que a classe trabalhadora da educação tem a dizer. Para quando aparecer um projeto esdrúxulo como este das escolas cívico-metropolitanas, saibam o que pensa a ACP, a FETEMS e os educadores”, declarou.
Após a fala das autoridades os educadores e educadoras presentes puderam dar suas contribuições, que foram registradas e serão levadas para o debate dentro da Casa de Leis.
A audiência contou com a presença de diversas autoridades e representantes da educação, entre eles o deputado federal Dagoberto Nogueira, o deputado estadual Professor Rinaldo Modesto, o secretário municipal de Educação, Lucas Bittencourt, além de representantes da Comissão de Educação da Câmara, lideranças da ACP, FETEMS, e de entidades educacionais comprometidas com a defesa da escola pública.
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